sábado, 22 de outubro de 2011

Chove la fora e molha aqui dentro

A chuva fina polvilhando a Terra Como cortina úmida de seda, Atrás de si o sol radiante encerra; Pinta de cinza o mundo em sua queda; Confina a vida aos casacões de lã; E nos convida à improdutividade: Quem sabe os planos deixar pra amanhã? Pro outro ano? Ou pra eternidade? O tempo passa enquanto a chuva cai, E a Terra abraça a água, e se embriaga, E balbucia um poema de amor; E a chuva embebe (enquanto o tempo vai) Quem não percebe qual torrente o traga: Se a chuva fria ou sua própria dor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário